Biodiversidade
Plano de Conservação da Biodiversidade
Como empresa de base florestal, a Klabin tem na conservação da biodiversidade um importante norteador de sua atuação, orientada para o desenvolvimento sustentável. Atualmente, a Companhia conta com 751 mil hectares de florestas, dos quais 42% são áreas nativas preservadas destinadas à conservação e à manutenção da biodiversidade.
Em 2023, a Klabin iniciou a elaboração de seu Plano de Conservação da Biodiversidade, com objetivo de garantir que os impactos de suas atividades sobre a biodiversidade sejam compensados ou superados por medidas de prevenção e mitigação. As iniciativas devem ser direcionadas para a restauração de áreas afetadas, para a melhora da qualidade da vegetação nativa e para a compensação dos impactos residuais a fim de evitar perdas permanentes.
Força-tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas com a Natureza, na tradução livre, é uma iniciativa global que fornece recomendações e orientações para que organizações financeiras e empresas compreendam e divulguem o impacto de suas atividades na natureza.
VER GLOSSÁRIOMonitoramento da biodiversidade
Por meio do Programa Contínuo de Monitoramento da Biodiversidade, a Klabin verifica os efeitos do manejo de suas florestas sobre a quantidade, a distribuição e o comportamento da fauna e adota medidas para a prevenção e a mitigação de danos à biodiversidade, agindo para a sua conservação.
O plantio em mosaico, adotado pela Klabin em parte relevante de suas áreas florestais, ajuda a proteger a natureza e os recursos naturais, contribui para melhorar o potencial produtivo de suas florestas e, por meio de corredores ecológicos, que permitem a circulação de centenas de espécies de animais silvestres, colabora para conservar a biodiversidade.
Além de permitir o conhecimento da riqueza biológica nas áreas acompanhadas, levando a novos registros, o monitoramento contribui para a permanência e a identificação de espécies de fauna e de flora ameaçadas de extinção nas áreas da Companhia. Dessa forma, é possível fazer o reconhecimento das espécies ao longo do tempo e assegurar a manutenção das Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVCs).
Monitoramento até 2023
A Klabin faz o monitoramento da biodiversidade desde 2019.
Reintrodução de espécies e reforço populacional
Dando continuidade ao trabalho de reintrodução da jacutinga (Aburria jacutinga) na mata nativa, no Parque Ecológico Klabin (PEK), em 2023 foram promovidas duas campanhas de monitoramento da espécie, avaliando sua capacidade de sobrevivência, dispersão e formação de casais reprodutivos. Trinta indivíduos da espécie foram soltos em 2022. A jacutinga foi selecionada pela sua capacidade de auxiliar a restauração florestal, levando em consideração sua área de vida, que pode chegar a 1.000 hectares, e por ser uma grande dispersora de sementes, alimentando-se de, pelo menos, 46 tipos de frutos nativos.
O PEK ainda recebeu, em 2023, cinco papagaios-do-peito-roxo (indivíduos da espécie Amazona vinacea) para o reforço populacional. No período, foram realizados exames sanitários e tiveram início os treinamentos pré-soltura. Dois indivíduos foram reprovados, um por questão sanitária, outro por falta de aptidão comportamental. Os outros três seguem na última etapa de reabilitação do treinamento, podendo ser soltos ainda no primeiro semestre de 2024.
Zero desmatamento
Um dos programas do Plano de Conservação de Biodiversidade da Klabin contempla o compromisso histórico com a não conversão de florestas nativas em áreas produtivas visando ao aumento da produção de madeira para fins industriais e de matérias-primas para todos os negócios, conforme consta nos parâmetros de certificação FSC e na Declaração Zero Desmatamento da Companhia. A edição do Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento da União Europeia (EUDR), em 2023, trouxe novos desafios à Klabin, que registrou avanços importantes nos processos internos para otimizar a rastreabilidade da origem da madeira utilizada em seus produtos destinados a países europeus.
Parque Ecológico Klabin, no Paraná, tem mais de 90% de sua área com florestas nativas
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)
Serviços que a natureza fornece ao homem, indispensáveis à sua sobrevivência, estando associados à qualidade de vida e ao bem-estar da sociedade.
VER GLOSSÁRIOReserva Particular do Patrimônio Natural. Trata-se de uma categoria de unidade de conservação (UC) de domínio privado, cujo objetivo é conservar a diversidade biológica. A criação dessa UC não afeta a titularidade do imóvel. Além de contribuírem para a ampliação das áreas protegidas no país, as reservas particulares auxiliam na proteção da biodiversidade nos biomas brasileiros.
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A RPPN Complexo Serra da Farofa tem quase 5.000 hectares e abriga a nascente do rio Canoas, que forma a maior bacia hidrográfica da região e abastece vários municípios da região de Lages (SC). O trabalho de proteção e preservação realizado pela Companhia permitiu a identificação de 570 espécies de flora e cerca de 360 espécies de animais, incluindo alguns ameaçados de extinção, como o papagaio-charão, o tamanduá-mirim, a jaguatirica e o leão-baio.
A RPPN Monte Alegre está localizada na Fazenda Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR). Com cerca de 4.000 hectares, a região possui iniciativas de conservação e manutenção de corredores ecológicos, abrigando a Floresta Ombrófila Mista, que abriga 171 espécies de flora, sete das quais ameaçadas de extinção.
O Parque Ecológico Klabin (PEK) tem uma área de quase 10 mil hectares, da qual 91,6% são ocupados por florestas nativas. No local, são desenvolvidos projetos de manutenção e reabilitação de animais silvestres e de preservação de espécies, incluindo 13 ameaçadas de extinção no âmbito estadual. Em 2023, o PEK retomou o programa de visitas ambientais guiadas, depois de fechado ao público para reformas e aperfeiçoamento da qualidade dos cuidados com os animais e da preservação da fauna. A programação das visitas também foi reestruturada e está aberta a grupos interessados em ter uma experiência no local.
